Já parou para pensar nas suas "amizades"?

em 28 março 2019

Foto: Reprodução

Amizade, assunto que está me fazendo refletir por dias. Sabe aquela frase “amigos são a família que você escolhe”? Por mais clichê que pareça, é a mais pura verdade e algo que levo muito a sério. Durante maior parte da  minha vida sempre escolhi a dedo quem chamava de “amigo”, já que acredito que é uma relação que precisa de muita dedicação, afeto e principalmente sinceridade, de ambas as partes, para durar uma vida. Porém, de um ano para cá eu acabei esquecendo desse meu pensamento e como consequência quebrei a cara. Quem disse que era para ser fácil, né?


Quando deixei-me levar pela empolgação de conhecer pessoas novas e ter mais amigos, acabei deixando de lado meu instinto, com isso me vi em situações desagradáveis. Saía com pessoas que não gostava tanto quanto imaginava, ia em lugares ou fazia coisas que não queria, somente pela ilusão de estar e agradar esses “amigos”. O desânimo tomava conta de mim, ficava quieta o tempo todo, tinha uma vontade constante de ficar sozinha quando estava rodeada por esses “amigos” e o desconforto de estar ali não me deixava em paz. Sabia que algo não estava certo, mas não fazia nada a respeito.


A ficha foi realmente cair quando encontrei meus antigos amigos e me senti bem, leve. Era como se estivesse voltado ao meu mundo, um lugar mais colorido e alegre que eu conseguia aproveitar ao máximo. Ao passar um tempo de qualidade com eles, percebi o quão tóxicos os outros “amigos” eram, não que eles fossem pessoas ruins, mas eu não conseguia me sentir à vontade com eles.


Foi aí que eu me questionei: por que ficar em um ambiente que me faz tão mal? Por que insistir em relações que nunca vão para frente e que não me agregam? Por que dar atenção e tempo para um grupo de pessoas as quais não me identifico, quando posso passar meu tempo me divertindo com os amigos maravilhosos que tenho?


Quando vi que eu simplesmente não precisava mais ficar ali e, principalmente, que não devia nada a ninguém,  me senti de volta às minhas origens. E então a cara emburrada deu lugar a risadas; aquele olhar vago se transformou em brincadeiras; aquela vontade de só querer ir embora ou ficar sozinha se tornou conversas que duram o dia inteiro. Isso tudo porque eu parei de dar atenção a quem me fazia mal e comecei a focar em quem sempre esteve ali por mim, chorando, rindo, brincando ou simplesmente conversando comigo.


Comecei a dar atenção também ao meu instinto que desde o começo me alertava que aquele não era o meu lugar e com pensamentos como “que saudade de fulano” me mostrava que eu precisava dos meus amigos, minha segunda família e não de pessoas que me faziam sentir vazia.  


Não é como se eu nunca mais fosse fazer novos amigos, mas hoje eu sei o valor de uma amizade e entendo que não vale a pena me sentir mal com relações rasas, quando tenho pessoas tão maravilhosas na minha vida que me fazem tão bem. Não posso chamar qualquer pessoa de amigo, pois quando isso acontece significa que estaremos ligados para a vida e que a partir desse momento seremos uma nova família.

Até o próximo post.
Letícia

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