Abrindo o meu coração: vestibular

em 01 maio 2017


Depois de quase 1 ano e meio longe do blog, resolvi continuar. Os dois últimos anos foram os mais confusos que já passei, mas essa história felizmente acaba bem. 
Comecei a fazer cursinho pré-vestibular desde que estava no último ano da escola (2015). Ia para o colégio de manhã e pela tarde passava cinco horas por lá. A pressão por entrar em uma universidade pública era constante e isso, de alguma forma, acabava comigo psicologicamente, fazendo me cobrar ainda mais. É muito complicado o clima de tensão e ver que algumas pessoas te enxergam como um concorrente, e não como ser humano. Fiz o que pude e não consegui entrar na faculdade que eu tanto almejava. Fiquei arrasada.

Decidi tentar mais uma vez. Mudei de cursinho e fiquei durante um ano vendo os meus pais apenas aos finais de semana. Era difícil me acostumar.  O tempo passou, e o grande momento havia chegado. Sentei-me ao lado da janela, o lugar que o meu número de inscrição indicava. Era um dia frio e nublado. A sala estava silenciosa com exceção dos pacotes com comida ou garrafas de água. O silêncio era ensurdecedor. Faltavam quinze minutos para o fim da prova e eu não soube controlar minhas emoções. Me senti vazia e vulnerável. Não conseguia mais segurar aquela prova. Minha cabeça me mandava reagir, mas o meu corpo não seguia as instruções. Me senti sufocada. Eu fui forte até o fim e fiz o que pude. O resultado era óbvio.  Passei o mês todo me lamentando por aquele dia e achando ter arruinado o meu futuro. 


Decidi que tentaria outro curso ao invés de Jornalismo. Faria outra prova, mas dessa vez para Cosméticos. Por fora, tentava me convencer de que aquele era o curso certo, porém por dentro sabia que não era. Foram semanas tentando me convencer, até que realmente a ficha havia caído.
Passei em 2º lugar em Letras em uma faculdade na Paraíba. Também não era o que eu queria para aquele momento. Descartei a opção.
Não sabia mais o que fazer. Pensei em fazer mais um ano de cursinho, mas também sabia que não era isso.

Pensei muito, conversei com os meus pais e decidi que faria uma universidade particular. Pesquisei bastante e sei que pode parecer até mentira, mas algo foi despertado na minha cabeça e eu sabia dessa vez que tinha me encontrado.
Não acreditar em mim mesma foi um dos piores erros que pude cometer. Permiti-me arriscar e me jogar de cabeça no diferente. A pressão havia me deixado "cega" para as minhas decisões e para os meus pensamentos.

Hoje, sou muito feliz no curso que faço e finalmente soube me encontrar.

Ter que decidir o futuro aos 17 anos é muito complicado e (pelo menos para mim) parecia ser o fim do mundo. Não me arrependo de ter feito dois anos de cursinho. Eles me fizeram amadurecer muito e me sentir realmente pronta para entrar em uma faculdade.

Não deixe que o medo te impeça de tentar algo novo. Tente uma, duas, três vezes, mas não desista do seu sonho.  Arrisque-se.
Sempre irão te dizer o que fazer e sempre irão te pressionar. Não se cobre tanto. Eu prometo pra você, do fundo do meu coração, que uma hora as coisas vão se encaixar e você vai ficar bem. Ser adolescente não é o fim do mundo e o vestibular não vai ser o seu desafio mais difícil.


Para quem ainda está passando por tudo isso, CALMA! É só uma fase e você vai sobreviver. Eu sobrevivi, e você também pode.
Sempre cuide de você e do seu corpo, mas tenha como prioridade cuidar-se por dentro também. 

Tenha um “escape” para os dias difíceis. Tenha um “amante” para te tirar da rotina. Faça algo que você goste. Gosta de ler? Escrever? Ouvir música? Ir pra balada? Por que não?!  Não se prive das suas coisas preferidas. Claro, que tudo deve ser feito na medida e todas as obrigações devem ser cumpridas, mas faça coisas que te deixe feliz.

Boa sorte pra quem está passando por isso agora e sim, vai ficar tudo bem. Você é forte o suficiente pra aguentar a barra toda! E lembre-se, você não está sozinho nessa :)

Com amor,



Um comentário:

  1. Realmente, não é fácil; Com certeza, o vestibular é só o primeiro dos diversos desafios dessa "vida adulta".

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